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Curso Tecnológico de Desporto 07/10 do Agrupamento de Escolas Mães D'Água. Autores: Carlos Correia e Márcia Martins

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segunda-feira, 7 de junho de 2010

Locais de Prática

Rua Portas Santo António 110 Edificio Atneu Comercial de Lisboa (Junto ao Coliseu Hard Rock Café ) Metro:Restauradores /Rossio.
Planetadança@gmail.com
www.1001dancas.com
contacto: 964781886
domingo, 6 de junho de 2010

INTRODUÇÃO

Neste trabalho abordaremos o tema das danças tradicionais africanas de cada país, cujo a língua oficial é o português, que neste momento é praticado não só pelos africanos, como também por pessoas de diferentes etnias.
Ao descrever-mos aqui alguns tipos de dança, que irão dominar o nosso trabalho de danças africanas, vamos falar mais das danças dos cinco Países Africanos (Cabo-Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Angola e São Tomé e Príncipe de expressão portuguesa, o que não significa que não iremos dar realce as outras danças do Continente Africano.

História e Origem

As danças africanas tiveram origem em África como parte essencial da vida nas aldeias. Elas sempre acentuaram a unidade entre os seus membros, tendo sido quase sempre uma actividade de grupo.
A dança tribal considerada como arte pré-histórica das mas antigas do mundo dá uma mais valia e um contributo muito importante para as sociedades existentes, porque muitas dessas danças tribais serviram para ajudar a escrever a história africana. Essas danças eram feitas com o som do batuque como primeiro instrumento que também servia como comunicador. Elas eram dançadas, em roda, em linha, espaço cheio, em diagonais, o que resultava em coreografias muito bem executadas.
Sabe-se que desde a invasão dos colonizadores, a partir do século XIV e XV em África, tudo sofreu alterações desde os nomes usados até à própria civilização isto devido à permanência dos colonos desde essa data até aos nossos dias, com a entrada de outras culturas.

No que toca a dança, houve uma fusão entre os ritmos tradicionais africanos com a forma de dançar a par importada da sociedade europeia, em que este tipo de dança era praticada nas festas, nos salões nobres e da burguesia como por exemplo na contradança, valsa, mazurca, polca…, levadas não só pelos senhores como pelos seus criados e até por alguns escravos.


Desde a pré-história


A tradição é a força cultural dos povos africanos em plena festa de ritmos, transmissão da cultura dos antepassados e o retrato do dia-a-dia nas aldeias africanas e não só…

A dança como força de expressão dos rituais, era chamada em todas as ocasiões, como ponto de partida para qualquer cerimónia.

As influências

Sabe-se que desde a invasão dos colonizadores, a partir do século XIV e XV em África, tudo sofreu alterações desde os nomes usados até à própria civilização isto devido à permanência dos colonos desde essa data até aos nossos dias, com a entrada de outras culturas.

Agora aqui sublinho no que toca a dança que houve uma fusão entre os nossos ritmos tradicionais com a forma de dançar a par importada da sociedade europeia, em que este tipo de dança era praticada nas cortes, nos salões nobres e da burguesia como por exemplo na contradança, valsa, mazurca, polca…, levadas não só pelos senhores como pelos seus criados e até por alguns escravos
Uma característica africana no que se refere à dança , são os conceitos e a atitude relacionada com o movimento. Ao invés da cultura europeia que usa o corpo como um único bloco, a cultura africana faz sair o movimento de várias partes do corpo independentes entre si.
Nas danças de solo, com destaque para as danças com máscaras, existem também movimentos cujo fim é a comunicação com a audiência, incluindo algumas mensagens em código. O que inclui não só a dança mas também pantomina, gestos e certas formas de andar.

Ritmos

Ritmos Africanos

Mistura de sons, ritmos e movimentos tradicionais com realce a espontaneidade dos corpos no passo certo ao som da música africana. (dançada em linha)

Danças a par

A proximidade de dois corpos num só movimento, e a inevitável sensualidade em unissom são notórias enquanto dançam.

Ritmos

Ao ritmo do Semba, Funaná, Kuduro, Sakiss, Puita, Marrabenta, e outros sons da música folclórica, são dançadas em pequenas coreografias, trabalhando assim os movimentos da anca, o rebolar da bunda (1), e a facilidade de juntar a agilidade dos braços, pernas e cabeça, num só movimento culminando num trabalho de ritmo corporal.

Danças de Angola

Kizomba

Kizomba é uma terminologia Angolana da expressão linguística Kimbundo que significa"festa”.

A expressão Kizomba, como dança nasceu em Angola nos anos 80 em Luanda, após as grandes influências musicais dos Zouks, e com a introdução das caixas rítmicas drum-machine, depois com os grandes concursos que invadiram Angola, desde ai essa expressão se ouvir e manteve, passando pelo Cavalinho, e o Kizomba corrida, também nesta época apareceram as kizombas acrobáticas dançada por dois rapazes, mas também é de salientar que as grandes farras entre amigos nos anos 50/70 eram chamadas Kizombadas" porque nesta altura não existia Kizomba como expressão bailada e nem musical. Voltando aos anos 50/60 em Angola já se dançava a o Semba, Maringa, Kabetula, Kazukuta, Caduque que deu origem a Rebita e outros estilos musicais tipicamente de Angola, mas também outros estilos provenientes de outros continentes, influenciaram música, e a dança, como o Tango, a Plena o Merengue etc., estes eram dançadas nas grandes farras já ao nosso estilo.
Existem três estilos a dançar Kizomba:

Passadaestilo clássico
Tarrachinha
Quadradinha

Kuduro

Estilo de música e dança Angolana.
Dança recreativa de exibição individual ou em grupo.
Fusão da música batida, com estilos tipicamente africanos, criados e misturados por jovens Angolanos, entusiastas e impulsionadores do estilo musical, adaptando-se a forma de dançar, soltando a anca para os lados em dois tempos subtilmente, caracterizando o movimento do bailonço duplo.
Da dança Sul-Africana denominado " Xigumbaza ", que significa confusão, que era dançada pelos escravos mineiros, enquanto trabalhavam mudos, e surdos só as vozes das botas se faziam ouvir como um canto de revolta, adaptando-se ao estilo musical Kuduro nasce, o Esquema ou Dança da Família.
Dança da Família por ser dançado geral em grupo exercitando o mesmo passo várias vezes em coreografia coordenada pelos participantes na dança. Dançada normalmente em festas ou em discotecas.
Kazukuta

É a dança por excelência que é de sapateado lento, seguido de oscilações corporais, firmando-se o bailarino, ora no calcanhar, ora na ponta dos pés, apoiando-se sobre uma bengala ou guarda-chuva. Os tocadores usam instrumentos como latas, dikanzas, garrafas, arcos de barril e, para algumas variações rítmicas, a corneta de latão e caixa corneta. Os bailarinos trajam-se de calças listadas e casacas devidamente ornamentadas, representando alguns postos do exército, cobrindo o rosto com uma máscara, representando alguns animais, para melhor caricaturar jocosamente o inimigo (o opressor).

Kabetula

É uma dança carnavalesca da região do Bengo, exibida em saracoteios bastante rápidos seguidos de alguns saltos acrobáticos, os bailarinos apresentam-se vestidos de camisolas interior, normalmente brancas, ou de tronco nu de duas Ponda saia feita de lenços de cabeça em estilo rectangular fixada por uma Ponda (cinta vermelha ou preta), amarrando um lenço na cabeça e outro no pulso, utilizando também um apito para a marcação da cadência rítmica do "comandante"

Rebita

É um género de música e dança de salão angolana que demonstra a vaidade dos cavalheiros e o adorno das damas. Dançada em pares em coreografias coordenadas pelo chefe da roda, executam gestos de generosidades gesticulando a leve cidade das suas damas, marcando o compasso do passo da massemba . O charme dos cavalheiros e a vaidade das damas são notórios; enquanto dança se vai desenvolvendo no salão as trocas de olhares e os sorrisos entre o par são frequentes. É dançada em marcação de dois tempos, através da melodia da música e o ritmo dos instrumentos.

Semba

É uma dança de salão angolana urbana. Dançada a pares, com passadas distintas dos cavalheiros, seguidas pelas damas em passos totalmente largos onde o malabarismo dos cavalheiros conta muito a nível de improvisação. O Semba caracteriza-se como uma dança de passadas. Não é ritual nem guerreira, mas sim dança de divertimento principalmente em festas, dançada ao som do Semba.

Danças de Cabo Verde

Morna

É um estilo mais vivo que a Morna, cadência quaternária, em que a relação do cavalheiro e da dama é feita junta num arrastar de pés, com momentos de improvisação do cavalheiro que se afasta sobre o olhar da dama.

Contradança e Mazurca

São danças de grupo importadas das cortes europeias que geralmente tinham na base estrutura coreografadas com mandadores, que acabaram por sofrer alterações ao chegarem ao terreiro.

Na Mazurca de três tempos, alegre e sincopado, o papel dos pares está intimamente ligado à movimentação em grupo.
São géneros dançados sobretudo nas ilhas Santo Antão, Boavista e São Nicolau
.

Funaná

Género de música e dança cabo-verdiana, característico da ilha de Santiago que tradicionalmente animava as festas dos camponeses. É a mais frenética e rápida das danças de pares de Cabo Verde, geralmente acompanhada de uma concertina, onde o ritmo é produzido por esfregar de uma faca numa barra de ferro.

Nesta dança o cavalheiro joga sobre o ritmo uma base andante de longos solos compostos por momentos fortes de pausa /exaltação até ao auge ou "djeta", gritos, exibindo a todos a sua virilidade e dotes de grande dançadores.O Funaná é conotada como dança de transe
.

Kola San Jon

Jogo dos tambores e dos apitos no dais de São João, ligado ao ritual da fertilidade da terra no solstício de verão. Os pares batem-se cadenciadamente entre si. Dança da Umbigada

Batuco

O batuco é provavelmente o género musical mais antigo de Cabo Verde, mas só há registos escritos acerca do batuque a partir do século XIX. Presentemente só se encontra na ilha de Santiago, e é no Tarrafal onde se vive com mais intensidade este género musical. Todavia, há indícios que já existiu em todas as ilhas de Cabo Verde